Hoje acordei a sorrir à solidão.
Cansado de me sentir cansado disto tudo vou perder a pose plena.
Passear um corpo cheio com um pouco de nada.
Não me apetece ser humano, quero apenas ser o ar que te alimenta.
Tiro os pés do chão num voo cego sem rumo… por aqui… por aí.
Nesta vida de experimentação permanente
Deixo-me ficar na luz que brilha em holofotes,
Faço a pausa para escrever sem vocação... sem métrica... sem rima
Entrelinhas que rodopiam e dançam sem fim,
Olhar invisível que me prende numa fuga para recomeçar,
Indiferença que me consome e mata.
Será que me vês? Será que me sentes?
Em sete minutos vem juntar o teu mundo ao meu…
… para preenchermos silêncios que voam soltos ao vento.
Musica Nina Simone: Wild is the wind
No meio desta confusão quotidiana vamos quebrando ligações antigas que julgávamos suficientemente sólidas para perdurarem no tempo. Assim tem sido com um grupo de amigos, onde cada um vai agora batalhando e desbravando o seu caminho isolado de todos os outros.
Ainda me lembro das noites de boémia onde éramos senhores de Lisboa. Dos movimentos migratórios que fazíamos qual bando de aves raras em direcção a um qualquer local com sol e areal para ficar uns dias de papo para o ar. Dos acampamentos ciganos na sala de casa do J onde remexíamos tudo de modo a estarmos 10 pessoas num espaço reduzido, acabando por adormecer em qualquer canto. Do bar vazio a precisar de reposição de stock para a próxima estadia. Ah, juntos éramos imbatíveis… ok! Nem sempre, por vezes éramos alvos bem fáceis nos exames… ehehe.
Aceitando o meu repto a B lá resolveu planear mais uma noite fantástica e memorável. Jantar temático: Africano logo seguido de uma ida a um bar de danças e lá tive eu qual matrafona gigante a dançar kizomba, mornas e outras coisas que não sei o nome mas danço com a mesma ineficiência!
Pensando bem... o que virá a seguir chinês seguido de danças orientais, ou!? Não me preocupa, mas já está agendado.
Ele - Eh pá curto bués do teu programa novo.
Eu - Esse erro é comum. Mas eu não sou quem estás a pensar.
Ele - Olha lá tá ele. Conta aí umas piadas para a malta rir uma beca.
Eu - Mas já te disse que não sou esse gajo. Agora tou com amigos...
A - Vês quem te manda ser 'sócia' do outro já nem podemos vir beber um copo descansados.
Eu - Tu não comeces. Sai mais uma imperial que é para esquecer...
